Os vereadores votaram e aprovaram, na 45ª. sessão ordinária da Câmara, a antecipação da eleição que escolherá o presidente da Casa no biênio 2023-24. O projeto de resolução nº. 05/2021, de autoria dos vereadores Vandeval Florisbelo (Podemos), Cleuber Vaz (PSC), Sargento Anísio (Podemos), Marciel Tudo Caipira (DEM/União Brasil), Maciel Batalha (PROS), Higor Bueno (PROS), Cláudio Lima (MDB), Idelvan da Saúde (PSC), Luís Pamonheiro (Podemos), Rodrigão (Podemos), Ricardo Alisson (PSC) e Kaká dos Animais (Republicanos), e que tratou do assunto, alterou trechos do regimento interno sob a alegação de “continuar garantindo a modernidade e a produtividade do Poder Legislativo”, como resumiu o 1º. secretário Vandeval em suas palavras.
A articulação é uma nova derrota para o vereador Deusmar Barbosa (DEM/União Brasil), que manifestava intenção de retornar à presidência desde janeiro e não reuniu apoios para a disputa à época. Ele presidiu a Câmara em cinco oportunidades (2005-06, 2009-10, 2011-12, 2013-14, 2017-18), mas responde a várias ações de improbidade administrativa. Com a aprovação do projeto de resolução, a eleição deverá acontecer ainda neste ano e a tendência é pela reeleição do presidente Jair Humberto (PROS).
Manifestações
Os vereadores de oposição Helson Caçula (MDB) e Rosângela dos Diabéticos (PSDB) não se colocaram favoráveis ao projeto, mesmo elogiando o trabalho da atual mesa diretora. “Até entendo que a mesa diretora mereça ser reconduzida, mas não vejo razão para antecipação da eleição”, defendeu Caçula.
Cláudio Lima (MDB) explicou a antecipação exatamente com o argumento de que o projeto e a eleição são duas questões distintas. “A antecipação da escolha é uma coisa e a eleição é outra. Será outra discussão, que pode perfeitamente mudar os atuais integrantes da mesa diretora”, completou. Líder do governo na Casa, o vereador Gilmar Antônio (Podemos) não assinou o projeto de resolução e votou a favor, citando que “outras posições contrárias à maioria, em outros momentos igualmente decisivos, nada representaram de fato e, então, junto-me ao que todos querem.
Após discussão e aprovação do projeto, Jair Humberto lembrou que as menções elogiosas aos trabalhos na Casa devem ser divididas com todos, e reforçou que só falará sobre uma possível reeleição no momento que considerar oportuno.