O vice-governador Daniel Vilela (MDB) está liderando um projeto de reestruturação do Estádio Serra Dourada, em Goiânia, através de uma parceria público-privada. A PPP é um moderno mecanismo que garante investimentos privados nos mais variados setores de atuação do poder público.
Não há qualquer crítica ao trabalho, até porque vai ressignificar o espaço como um inovador distrito de esporte e entretenimento, mas também porque a oposição tem guardado sua atuação para discussões contra questões que representem um mínimo atraso ao Estado.
Em Catalão, a resumida oposição ao prefeito Adib Elias não entendeu o início do processo de discussão de algo semelhante para a Superintendência de Água e Esgoto, que já não é 100% viável para a cidade estando totalmente sob o comando público. Vereadores de oposição, insuflados pelo deputado estadual Gustavo Sebba (PSDB), pelo ex-prefeito Jardel Sebba (PSDB) e pelo pecuarista Elder Galdino (MDB), concederam entrevistas questionando o notório avanço e travaram a pauta da Câmara.
“Não concebo que a nossa gente tenha um patrimônio de R$ 500, 600 milhões, como a SAE, e mensalmente a Prefeitura tenha que colocar dinheiro na empresa para honrar todos os compromissos. Enquanto isso, irmãos nossos não conseguem a casa própria, passam uma ou outra dificuldade, e a cidade ainda vive demandas na sua infraestrutura”, disse Adib há pouco menos de um ano, quando propôs que a Câmara de Vereadores e os clubes de serviços iniciassem as discussões sobre a possibilidade de celebração de uma PPP na autarquia.
A PPP do Serra Dourada descredibiliza as críticas em Catalão – afinal, “um companheiro, no caso o vice-governador, pode dedicar todos os esforços por uma PPP longe daqui, mas ninguém pode fazer aqui?”, indagou um secretário municipal ouvido pelo C1 –, mas não houve novo comentário público sobre a ideia para a SAE.
A Prefeitura segue, institucionalmente, discutindo o Plano Municipal de Saneamento Básico, exigência que norteará a distribuição de água potável, a coleta e o tratamento de esgoto, a drenagem urbana e a coleta de resíduos sólidos pelos próximos 10 anos.