O Planejamento Urbano da Prefeitura, gerido pelo jornalista João Antônio – editor do C1 – , fechou 2022 comemorando um balanço ainda mais positivo do que no ano anterior. “A criação do aplicativo Catalão na palma da mão, que modernizou a gestão como um todo, complementou a educação coletiva que a fiscalização do Código de Posturas já vinha proporcionando”, destaca João Antônio.
Em entrevista exclusiva à redação do C1, João Antônio falou sobre os avanços no órgão e os próximos passos, além, é claro, de política.
C1 – 2022 atendeu às metas?
Superou. Os avanços foram ainda mais extraordinários, especialmente no Planejamento Urbano. Disse a vocês no ano passado que, quando do convite do prefeito Adib Elias, não havia qualquer atividade no órgão. O departamento estava desativado, os fiscais estavam desmotivados e muita gente, pelas ruas, fazia o que bem entendia. Temos, agora, oito fiscais diariamente orientando a população e vistoriando as ocorrências em calçadas e lotes, além de muita modernidade. Atendimento telefônico e via WhatsApp para as denúncias, um departamento totalmente remodelado fisicamente, com as notificações e os autos digitalizados. A criação do aplicativo Catalão na palma da mão, que modernizou a gestão como um todo, complementou a educação coletiva que a fiscalização do Código de Posturas já vinha proporcionando.
“Era inaceitável que, em 2022, tivéssemos cidadãos precisando procurar um agente público para conseguir trocar uma lâmpada, por exemplo. O Catalão na palma da mão modernizou tudo isso, não só as nossas atividades especificamente no Planejamento Urbano.”
C1 – Por que o aplicativo modernizou toda a gestão?
Era inaceitável que, em 2022, tivéssemos cidadãos precisando procurar um agente público para conseguirem trocar uma lâmpada, por exemplo. O Catalão na palma da mão modernizou tudo isso, não só as nossas atividades especificamente no Planejamento Urbano. A grande preocupação do prefeito Adib, desde quando o secretário Luís Severo (Transportes e Infraestrutura) levou a ele a necessidade de retomar o projeto do aplicativo e me chamaram, era se a Prefeitura teria condições de atender à grande demanda e se todos nos uniríamos. Com pouco mais de seis meses de atividades, o aplicativo atinge mensalmente 90%, 91% de atendimentos instantâneos, que é como definimos as soluções entregues aos cidadãos em até três dias úteis. O aplicativo chegou para ficar e, claro, crescer.
C1 – Crescer?
Sim. As secretarias de Administração, Educação, Fazenda, Meio Ambiente e Saúde, por exemplo, as mais demandadas da gestão, além da Superintendência de Água e Esgoto, vão precisar pensar em oferecer alguns dos seus serviços através deste ou de outros aplicativos. São as áreas que mais recebem solicitações através dos canais de ouvidoria.
“A expectativa é estar com o novo Código de Posturas aprovado ainda neste primeiro semestre.”
C1 – Em uma entrevista recente, você falou da determinação do prefeito em modernizar o Código de Posturas, que tem mais de 30 anos.
Foi a primeira determinação dele quando da minha nomeação. Naturalmente, tínhamos outras questões mais urgentes em 2021, como modernizar o Planejamento Urbano como um todo e incutir nos cidadãos a consciência de que todos temos responsabilidades, mas não me esqueci em momento algum desta incumbência. Foram quatro reuniões em Goiânia para me inteirar do que havia de mais moderno por detrás dos papéis, na prática, e depois da demanda completamente entendida, parti para a nossa discussão de fato. O prefeito nomeou uma comissão com integrantes de todos os órgãos envolvidos, Vigilância (Sanitária, da Secretaria de Saúde), Meio Ambiente, ISSQN (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza, tratado pelo Departamento de Tributos Mobiliários, da Secretaria da Fazenda), SAE (Superintendência de Água e Esgoto), SMTC (Superintendência de Trânsito), passamos boa parte de 2022 reunidos e agora a nossa proposta está pronta. O presidente Jair Humberto está recebendo o projeto de lei e vai abrir a discussão aos demais vereadores e à sociedade. A expectativa é estar com o novo Código de Posturas aprovado ainda neste primeiro semestre.
C1 – É a grande meta de 2023?
Sim, porque quero que o prefeito entregue, de fato, o novo Código aos cidadãos. Todos precisam conhecê-lo, saber do que se trata e da sua importância no regramento da cidade. A sugestão é que o prefeito confeccione algo em torno de 10 mil exemplares em formato de cartilha e possamos distribuí-los em pontos estratégicos da cidade, escolas, faculdades, clínicas, consultórios, que tenhamos a lei completa no site da Prefeitura e QR code espalhado nas secretarias para acesso rápido. Com tudo encaminhado, poderei dizer que cumpri minha missão no PLANURB.
C1 – Por que? Você já pensa em sair?
A gestão se finda em 2024 e quem não é preparado para sair, não deve sequer entrar (risos). Brincadeiras à parte, todo o trabalho determinado pelo prefeito está praticamente cumprido.
“Esta decisão (participar das eleições de 2024) está muito próxima na minha cabeça, mas ainda dependo de algumas articulações. Nunca escondi a minha vocação política ou a minha vontade de enfrentar uma nova campanha em condições reais de vitória, (…) mas não tenho mais disposição para nada a ferro e a fogo.”
C1 – Você vai participar das eleições de 2024?
Esta decisão está muito próxima na minha cabeça, mas ainda dependo de algumas articulações partidárias e com relação à nossa chapa majoritária. Como disse a vocês em outras oportunidades, nunca escondi a minha vocação política ou a minha vontade de enfrentar uma nova campanha em condições reais de vitória, tão planejada como o fiz em 2012. Não tenho mais disposição para nada a ferro e a fogo.
C1 – O que já está desenhado com relação à chapa majoritária?
Nada, embora não seja a pessoa para falar de política em nome do grupo. Temos excelentes nomes, muitos que desejam disputar e outros que são naturalmente lembrados, mas após quatro mandatos do prefeito Adib e um do ex-prefeito Velomar, entendo que não podemos brincar com a tese de ser candidato quem quer, ou que só quer. Deve ser candidato quem ganha.
C1 – Quais são estes muitos nomes?
O próprio ex-prefeito Velomar Rios, os secretários Cairo Batista (Indústria, Comércio e Turismo), Leonardo Santa Cecília (Educação), Luís Severo (Transportes e Infraestrutura) e Rodrigo Margon (Superintendência de Água e Esgoto), o vereador Jair Humberto e o deputado (estadual) Jamil Calife. Quem não quer (risos)?
“Ao nascer, deixei de passar em muitas filas, mas fiquei bastante tempo na fila do senso, da noção (risos). Tenho muito senso, às vezes até demais (sobre ser candidato a prefeito agora).”
C1 – E você, não?
Não. Ao nascer, deixei de passar em muitas filas, mas fiquei bastante tempo na fila do senso, da noção (risos). Tenho muito senso, às vezes até demais. Disposição e vontade não me faltam, mas não é o momento. Retomando a minha militância e conseguindo me eleger (vereador) novamente, não vou ser demagogo de dizer que não penso ou não quero isso, mas tudo a seu momento.