O nome do secretário estadual de Infraestrutura Adib Elias (MDB) voltou a figurar nas apostas para uma chapa majoritária. O ex-prefeito de Catalão disputou a convenção do partido em 2006, contra o então senador Maguito Vilela, e foi candidato a senador em 2010.
A presença em Goiânia desde março e a sintonia com o vice-governador Daniel Vilela (MDB), candidato natural a governador, já recolocaram o nome do catalano em muitas prospecções para as eleições de 2026.
Um das teses, defendida publicamente pelo deputado federal José Nelto (União Brasil), é de que Adib reforçaria a chapa nas regiões Sul e Sudeste do Estado. Para isso, a articulação envolveria a filiação do secretário em uma outra sigla, exatamente o União Brasil do governador Ronaldo Caiado e da pré-candidata a senadora Gracinha Caiado. Restariam aos demais partidos da aliança a segunda vaga em disputa para o Senado Federal e as quatro suplências.
Outra tese é de que Adib represente o MDB na segunda vaga de senador em disputa. Ele presidiu o diretório estadual do partido por dois mandatos e mantém boa relação com filiados espalhados por todo o Estado.
Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados
Adib sempre deixou claro o seu desinteresse por uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ao longo dos anos, ajudou companheiros na região Sudeste e garantiu boas votações a eles. Fernando Netto foi o escolhido em 1998 e 2006, Luiz Bittencourt em 2002, Thiago Peixoto em 2010, Daniel Vilela em 2014, e José Nelto em 2018 e 2022.
Sobre uma nova candidatura a deputado estadual, o que poderia ser natural se não compusesse a chapa majoritária do grupo, o secretário já não fala, principalmente após um vídeo em que declara “união de esforços” com o deputado Jamil Calife (Progressistas).
Embora a declaração tenha sido muito explorada em Catalão, aliados próximos ao ex-prefeito entenderam que a fala foi um aviso ao deputado estadual, distante da região desde a sua eleição, em 2022. “Adib deixou o deputado Jamil avisado, para trabalhar e tentar reconquistar a região; não fazendo isso, o próprio Adib, ou outro companheiro, podem disputar a cadeira”, defendeu um aliado ouvido pelo C1.